Ansiedade e Problemas Gastrointestinais
É importante comentar a relação entre o cérebro e o trato digestivo. Sabemos que a simples visão e o cheiro da comida é capaz de aumentar motilidade (movimentação) e secreção gástricas.
Desta maneira, podemos compreender a relação entre ansiedade, estresse e os problemas gastrointestinais.
Nestas condições psicossociais, por efeito direto ou intermediado por hormônios, podemos perceber mudanças na secreção de suco gástrico, na regulação de fatores protetores da mucosa do estômago e na percepção dos estímulos sensoriais gástricos.
A motilidade gástrica pode ser alterada nestas situações e a complacência gástrica reduzida. Além disso, a secreção de suco gástrico pode estar aumentada em situações de estresse.
Pessoas submetidas a estresse emocional podem ter um aumento na sensibilidade gástrica de forma que um estímulo considerado normal passe a ser percebido como dor.
Por fim, devemos lembrar que os efeitos do estresse, também sobre os intestinos são importantes, podendo causar diarreia, constipação, flatulência, síndrome do intestino irritável e até mesmo reativação de doenças inflamatórias intestinais.
Como evitar
– ESQUEÇA UM POUCO O SEU CELULAR. Nada melhor que o velho e bom “papo com o calor humano” – fazer amizades, passar mais tempo com os amigos ou família, rir e se divertir mais.
– Pratique exercícios físicos e atividades regularmente – a endorfina te ajuda!
A ENDORFINA é uma substância natural produzida pelo cérebro (hipófise) durante e depois de uma atividade física, que regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxer, gerando bem-estar e prazer. A endorfina é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendado no tratamento de depressões leves.
– Fracione a alimentação: fracionar a dieta é essencial para estimular o trabalho do estômago de maneira uniforme e fazer com que o ácido seja usado frequentemente para processar os alimentos e não fique muito tempo “parado”.
– Não fique muito tempo em jejum: o jejum faz justamente com que o ácido gástrico fique parado. Quanto mais tempo isso ocorre, maior é a acidez, e o estômago vazio também se torna mais suscetível a inflamações.
– Evite grandes refeições: quando você come muito, o estômago não consegue processar tudo e estimula mais a produção de ácido.
– Evite bebidas e Alimentos que aumentam a acidez, como: refrigerantes, energéticos, café, pimentas, comidas condimentadas, cigarro, bebidas alcoólicas e frituras.
Procure suporte profissional caso tenha maiores dúvidas. O diagnóstico preciso e início do tratamento precocemente evita danos maiores a saúde.
Por Dr. Fellipe Pandolfi